sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ensaio: O (ridículo?) visual de Buckethead




Ensaio: “O (ridículo?) visual de Buckethead” publicado em
29/01/2009
Por Rafael Sartori




Contrariando os que adoram torcer contra, Axl Rose lançou recentemente o tão aguardo “Chinese Democracy”. O álbum, do tipo “ame ou odeie”, naturalmente dividiu opiniões e, como os leitores do Rock Online bem sabem, fui um dos que amou, fazendo uma crítica bastante favorável aqui no site. A maioria das coisas que li a respeito do lançamento, entretanto, não era elogios a Axl. Por esse motivo, simpatizei muito com os comentários positivos feitos por Felipe Machado, jornalista e guitarrista do Viper, em seu blog dentro do portal do Estadão.

Quase no final do texto, porém, Machado derrapou de forma imperdoável ao falar do guitarrista Buckethead. Reproduzo o trecho: “...apesar do visual ridículo e idiota com um balde do restaurante KFC na cabeça e máscara de Jason do ‘Sexta-Feira 13’, tira um som incrível da guitarra misturando solos tradicionais com as técnicas percussivas do Tom Morello, do Rage Against The Machine”.

A despeito da máscara não ser a de Jason (se for para fazer alguma referência é a de Michael Myers, de “Helloween”), da comparação com Tom Morello (quero crer que isso foi apenas para que o público em geral pudesse ter alguma idéia do que se tratava) e do som incrível que ele tira, não consigo entender porque ele encrencou com o visual de Buckethead. Entenderia se o comentário tivesse vindo de um tiozinho ranzinza, mas não é o caso.

Felipe Machado também é músico, também é guitarrista, e também toca Heavy Metal. Por isso disse que era imperdoável. Ele sabe bem que, se levarmos por esse lado, o visual de quase todo mundo nesse meio é idiota e ridículo - e que isso é parte importante do show. Ou então Slash com aquele cabelo e cartola gigante vale? Paul Stanley pintar uma estrelinha no olho é bacana? As camisas do Ozzy com asas de morcego costuradas nas mangas são ‘cool’? O que falar então de David Bowie e Alice Cooper?

O mais curioso é que, fã assumido de Nine Inch Nails, na linha anterior Machado diz que Robin Finck, guitarrista do NIN e do Guns n’ Roses é “um dos melhores da atualidade”. E só. Você, caro leitor, já viu como Robin Finck se apresenta? Procure algumas fotos do sujeito na internet e me diga, por favor, em que parte seu visual é menos idiota e ridículo que o de Buckethead. Acontece que, diferentemente de todos os outros aqui citados, inclusive Finck, Buckethead é muito mais que “um visual”. É um personagem quase que real, com toda uma história e um universo que o sustenta, por mais bizarro que seja. Ele não inventou tudo isso para tocar com Axl e nem tira todos esses apetrechos quando desce do palco.

O guitarrista, este sim um dos melhores não só da atualidade, mas de todos os tempos, está na ativa desde o início dos anos 90, sempre do mesmo jeito, e tem uma discografia genial e gigantesca, passando por inúmeros estilos, com inúmeros parceiros. Quando surgiu o convite para colaborar com o Guns n’ Roses, ele já era um mito. Nunca deu entrevista, nunca mostrou a cara, nunca revelou o nome. E isso há quase 20 anos! Tudo o que se tem são especulações na internet sobre sua identidade. O próprio Ozzy, aliás, conta que o convidou para tocar em sua banda solo, com a condição de que ele se apresentasse como uma “pessoa normal”, sem seus apetrechos característicos. O guitarrista simplesmente se levantou e saiu da sala, deixando o “madman” atônito.

Buckethead não é assim para chamar a atenção, como faz Finck, que ora raspa apenas metade da cabeça, pinta a cara de branco, as unhas de preto e usa roupas femininas rasgadas, ora faz o tipo bêbado largado. Buckethead se esconde atrás do figurino, parado como um robô, e deixa todas as atenções voltadas apenas para sua música. Dono de um talento fora do comum, uma técnica absurda, uma criatividade ímpar em tudo o que faz e de muita humildade (afinal, ele não se importa em ser famoso ou assediado no mundo real, pois permanece no anonimato), Buckethead é mais discreto e sóbrio do que praticamente todos os guitarristas que por aí estão. Mesmo com um balde na cabeça e uma máscara na cara.


FONTE:
http://territorio.terra.com.br/canais/rockonline/colunas/materia.asp?codArea=7&materiaID=276

domingo, 23 de novembro de 2008

Guns N' Roses - Chinese Democracy.



Hoje, Dia 23 de Novembro de 2008, encerrou-se uma (e iniciou-se outra) fase no mundo da música. O Chinese Democracy, o eterno "novo albúm" do Guns N' Roses, ganhou as prateleiras do mundo.
Depois de anos de vazamentos, críticas, crises, zoações, gravações, regravações, "ree-regravações", ida e vindas de membros, boatos, fatos, expectativas, frustações e mais algumas coisas, O Guns N Roses acaba de lançar o CD mais aguardado de todos os tempos.
Para se ter uma idéia, a banda disponibilizou o CD no MySpace... Resultado?
""Chinese Democracy" bateu seu primeiro recorde. De acordo com o site do semanário britânico NME, nenhum outro disco foi tão ouvido na história do MySpace."
Em UM DIA! "Don't Try To Stop Us Now... (Tentem nos parar agora...)".



Vargas

Ao Som De: "Guns N' Roses - Better".

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Tommy Stinson - VGH: "A simplicidade pode render bons frutos"...



Para quem não sabe, Tommy Stinson é o baixista do Guns N' Roses desde o final da década de 90, substituindo Duff Mckagan. Com influências bebendo na fonte do Punk, Tommy tem uma vasta carreira musical e uma presença de palco entusiasmante. Tommy foi membro fundador e baixista da cultuada The Replacements, banda com raízes no Rock e Punk, com muita aclamação no cenário alternativo. Ele também liderou o Bash N' Pop, banda alternativa com um som bem puxado para o pop oitentista, e o Perfect, banda que surfava pelo Rock, Alternativo, Punk e Hardcore. Nesses dois últimos projetos Tommy era líder, vocalista e guitarrista. Também era quem compunha e gravava quase que totalidade das canções e instrumentos musicais, com exceção da bateria. Tommy é um músico com uma bagagem tão vasta e personalidade tão forte que, segundo palavras de Axl Rose no RIR 3, Stinson literalmente comandava o Guns N' Roses nos ensaios, ganhando por isso o apelido de "General" Tommy Stinson. Após breve resumo da carreira, vamos ao objetivo do post. Analisar o recém lançado album solo de Tommy, dessa vez levando seu nome na capa. O entiludado "Village Gorilla Head" é que até então para mim o melhor trabalho solo já feito por qualquer um dos integrantes e ex integrantes do GN'R. Segue minha análise "faixa-a-faixa": 1.Without a View (4:13): "Apoiada em um violão e uma marcação eletrônica, a música abre bem o disco, com backing vocals pegajosos que entram constantemente na parte mais "pegada" da música. Uma música que sintetiza muito bem a proposta de Tommy". Nota: 7,0 2. Not a Moment Too Soon (4:18): "Um começo entusiasmante, com uma rara guitarra distorcida, vocal rasgado e refrão bem melódico. Música sem firulas, direta e boa. Simplicidade pode render bons frutos..." Nota: 7,0 3.Something's Wrong (3:21): "Uma das poucas que não me agrada. Parece aquela música que vai "decolar" a qualquer momento, mas não sai do lugar. Por fim se torna cansativa. Não chega a ser uma música ruim, mas destoa das demais. Nota: 5,00 4.Couldn't Wait (2:31): "Rápida e direta, mas que ainda sim apresenta uma boa melodia. Numa analogia tosca, é como se Tommy tivesse feito um cruzamento de The Clash com Sex Pistols, duas claras influências do músico. Pois ela mescla a agressividade desenfreada dos Pistols com o Punk mais clean de algumas músicas do Clash. Nota: 7,5 5.OK (3:32): "Primeira tentativa de balada. Tentativa porque foge dos moldes convencionais às vezes. Me lembra muito o estilo de música do Green Day na atual fase Pop Punk. Nota: 7,0 6. Bite Your Tongue (2:32): "Acho uma música muito cansativa e pouco inspirada. Parece mais uma música feita para encher o disco do que para apresentar algo. Um vocal corrido sob uma base de bateria eletrônica e guitarras pouco interessantes duelando no fundo. Nota: 5,0 7. Village Gorilla Head (3:47): "Justamente a faixa título é a que mais destoa da proposta simples do VGH. Com muitas batidas e efeitos eletrônicos, pode-se ouvir até uma porta se abrindo no início e instrumentos reverberando. A música passa um ar melancólico e fica ainda mais fora dos padrões do meio para frente. Incrivelmente (para mim) ainda consegue ser uma música legal. Talvez por ser a única com conceito tão diferente no disco, ela acaba se vendendo na base da curiosidade." Nota: 6,5 8.Light Of Day (4:57): "A obra prima do CD. Uma linda balada, bem marcada, linda melodia, belo vocal e letra. O diamante de Village Gorilla Head. Quem disse que o simples não pode soar tão perfeito?" Nota: 10,0 9. Hey You (5:23): "Em resumo é como se fosse uma "Light of Day" menos produzida e mais despojada. Lembra, guardada as devidas proporções, o estilo de música feito por Bob Dylan, conduzida por violões e vocal. Nota: 9,0 10. Motivation (3:31): "Escolhida para ser a primeira "música de trabalho", Motivation é a mais 'Rock N'Roll do VGH. Uma daquelas músicas que mesmo a primeira ouvida, ela chama atenção. Nada épico ou extraordinário... "Apenas" um bom Rock, bem direto, com refrão grudento e guitarra 'gritando'... Muito bom." Nota: 8,0 11. Someday (4:04): "Talvez por ser a música que vem logo em seguida das 3 melhores do album, "Someday" não chama tanta atenção logo de cara. Mas ouvindo com calma, é certamente a música mais trabalhada de todas. Por ser o principal "backing vocal" do Guns N' Roses, Tommy parece ter aprendido a dar valor a essa questão, como podemos perceber claramente nessa faixa." Nota: 9,0 Conclusão: O Village Gorilla Head é a prova que simplicidade pode render bons frutos. Num trabalho que soa despretensioso e sem tanta preocupação com o apelo crítico, Tommy Stinson fez um trabalho digno de aplausos, com muita musicalidade e personalidade. Recomendo!! Nota Final (Média): 7,00.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Filme - "Meu Nome Não é Johnny!"



Postado originalmente por mim no: http://www.algumacoisadecinema.com.br/meu-nome-nao-e-johnny/

Cinema nacional não é o meu preferido! Mas por causa do protagonista do “Meu None Não É Johnny”, resolvi assistir o filme lançado no começo do ano. Selton Mello é para mim um daqueles atores que conseguem salvar alguma série, filme e etc, mesmo quando a qualidade da obra é questionável.

Não me arrependi. O filme conta uma história real, sobre a vida de João Estrella, um jovem inteligente da classe média, usuário de drogas, que entra no tráfico justamente para financiar seus vícios e extravagâncias.

O que a princípio se tratava de pequenas quantidades para animar festas, se transforma em tráfico internacional de entorpecentes. João não se apegava ao dinheiro; coisa que fica clara ao conversar com um contato estrangeiro. O tal contato se diz empenhado em juntar alguns milhões de dólares e João retruca dizendo-se preocupado em “torrar” um milhão de dólares.

O final melancólico é sobre sua prisão e recuperação, longe do luxo que ele tanto esbanjou.

Participam do filme também, Cássia Kiss, Júlia Lemmerts, Cléo Pires, Rafaela Mandelli, entre outros.

RECOMENDO!

Trailler: http://www.youtube.com/watch?v=0uFXVu3lV_c


Vargas

domingo, 13 de julho de 2008

[Clássico] Eis Que MG se divide (quase) Ao Meio!




Mais um domingo comum né... Negativo!

Hoje é dia de clássico mineiro, o maior do Brasil!
Cruzeiro e Atlético se enfrentam hoje pelo campeonato brasileiro 2008.
Esse jogo é muito mais que a disputa pelos 3 pontos.. Ele mexe com a paixão incontida das duas torcidas. Começa uma semana antes, se estende pela semana, esquenta na briga dos ingressos, explode em campo e prossegue durante a semana pós-clássico.
Hoje vemos os torcedores saindo de casa com suas camisas, mais orgulhosos do que nunca! Rumo à "guerra". O estado pára e a cada gol é uma explosão de foguetes e gritos ao seu lado.
No maior clássico do Brasil, não há favoritos. Não há previsões. TUDO pode acontecer!

Vargas

segunda-feira, 7 de julho de 2008

GREEK: "Sexo, Livros e Rock N' Roll".


Texto Originalmente postado no www.algumacoisadecinema.com.br :

Depois de um longo e tenebroso recesso sem assistir nenhuma série que não fosse 24 Horas ou Lost, pedi a uma grande amiga, Juliene (Beijo JuJu!) uma dica sobre algum seriado “assistível” no momento. Ela logo disse “Greek”.
Após breve consulta “internética”, gostei do tema e “fui atrás” de um capítulo para avaliar…
Hoje, após uma semana, acabei de assistir o 22º (e último!) capítulo da primeira temporada.
Se trata de uma série vivida em uma cidade chamada Cyprus-Rhodes, mais precisamente em um campus universitário.Explora o dia a dia dos alunos “comuns” e dos “outros”… (Calma! Não tem nada a ver com o filme de Nicole ou os misteriosos habitantes da ilha de Lost!).
Os “outros” em questão são os alunos que fazem parte de Fraternidades estudantis.As Fraternidades são uma espécie de “família”, em que estudantes convivem de modo peculiar a cada grupo. Uns mais ambiciosos, outros afim de diversão… Entrar para o “mundo” das fraternidades não é tão fácil; Mas uma vez dentro, cada um passa a viver de acordo com o “Lifestyle” pregado por sua casa.

Em resumo do resumo, as principais Fraternidades são:
Os “Kappa Tau”: Politicamente incorretos e liderados por Cappie, fazem das festas movidas a álcool e garotas, seu principal foco.
Os “Omega Chi”: Conceituados e comandados por Evan Chambers, rapaz ambicioso e de família renomada, buscam perfeição em notas, prestígio e etc.
Cappie e Evan são grandes rivais. O motivo? A ex-namorada de Cappie (e atual de Evan), Casey, uma das garotas da “Zeta Beta Zeta”, fraternidade com lindas e requisitadas garotas.

Greek pode ser definida “porcamente” como uma “Malhação Underground”. Não, essa definição não quer dizer que seja ruim! Quer dizer que se você procura uma “super série” dessas que você compra revista, jogos de PC, procura por códigos secretos pela Net e etc, esqueça de Greek. Definitivamente não é algo épico.
Trata-se de uma série que serve muito bem como diversão. Aborda temas jovens, mostrando festas surreais, bebedeiras, brigas, encontros (e desencontros), problemas com os estudos, nerd’s incompreendidos, conflitos internos, entre outras coisas…
Na pior das hipóteses fará você se identificar com alguns casos e dar boas risadas.

Greek passa no Universal Channel, toda quarta, às 23h.

Confira a promo da série:
http://www.youtube.com/watch?v=yAQz_O_dYBU



Vargas

Alguma Coisa de Cinema



A Partir dessa semana estarei colaborando com um belo Site que trata de Cinema, o Alguma Coisa De Cinema - www.algumacoisadecinema.com.br - .
Com grande conteúdo e comandado por Franco Vasconcelos, o site é um exemplo de dedicação e qualidade.
Da minha parte pretendo comentar vez ou outra sobre seriados, filmes, trilhas musicais e mais algumas coisas. A estréia foi falando sobre o seriado GREEK.
Postarei em seguida aqui também...

Dado o recado, lembre-se (!), precisou de informação sobre Cinema e derivados?
Vai no ACDC!



Vargas